Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo participa de encontro virtual organizado pela Federacite
O agro atualmente é responsável por 20% dos empregos do País, por 45% das exportações e por 21% do PIB. Este cenário demonstra a importância que as atividades agropecuárias tem para o crescimento sócio-econômico do Brasil. O Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do MAPA Fernando Schwanke abordou o tema durante um encontro virtual com produtores gaúchos organizados pela Federacite nesta quinta-feira,01/10. Na ocasião o Secretário afirmou que um dos desafios é atender a crescente demanda por alimentos saudáveis. Para isso o governo estabeleceu como metas para desenvolvimento da agropecuária pelo menos três eixos centrais: inovação e produção sustentável, regularização fundiária e ambiental e a inclusão produtiva da agricultura familiar com combate a pobreza bem como a conservação do meio ambiente. Fernando Schwanke destaca que existem 80 milhões de hectares no Brasil que precisam ser regularizadas pelo Incra. Mais de 3 milhões de pequenos produtores precisam ser inseridos na cadeia produtiva destacou o secretário.
Entre os dados apresentados também está o que se refere a ocupação e uso do solo no País. De acordo com o MAPA são 30,2% do território ocupado com uso da agropecuária, 66,3% com vegetação nativa preservada, 25,6% com vegetação nativa em propriedades rurais. Fernando Schwanke acrescenta que é preciso melhorar a narrativa especialmente no exterior sobre a questão relativa a preservação ambiental. Segundo ele, existe uma política nacional de mudanças climáticas cujo o plano de agricultura de baixo carbono (ABC)é um dos destaques. São 10 anos de execução desse plano e com resultados positivos pontuou Schwanke.
O Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo citou que o Brasil está atento a inovação como a fronteira para a sustentabilidade. Só no Brasil os sistemas de integração possibilitam a realização de três safras no mesmo ano agrícola. Para Fernando o Brasil fez o tema de casa de forma eficiente ao aumentar a produtividade em patamares bem maiores ao da área cultivada nos últimos anos. O uso da tecnologia tem sido o principal fator para se alcançar essas metas. Mais de 123 milhões de hectares deixaram de ser desmatadas por conta do uso de novas tecnologias, comenta o secretário. Ainda dentro da inovação ele citou que vem crescendo o registro de defensivos agrícolas de base biológica.Neste sentido foi lançado o Plano Nacional de Bioinsumos.
Fernando Schwanke adiantou no encontro com os produtores citeanos que nos próximos meses será dado mais um passo no processo de implementação do CAR no Brasil. Os cadastros estão sendo analisados e a partir de agora inicia a etapa do programa de regularização ambiental das áreas (PRA). Esta é uma atividade que sendo coordenada pelo Serviço Florestal Brasileiro. De acordo com o secretário a próxima revolução a ser impulsionada pelo Ministério da Agricultura será a dos sistemas biológicos e inteligência artificial. Lembrando que a primeira foi a revolução verde em 1960, depois a dos sistemas integrados em 2000.
Atualmente 77% dos estabelecimentos são classificados como de agricultura familiar o que representa 3,3 milhões de propriedades. Neste setor está 67% do pessoal ocupado em agropecuária no Brasil. Os agricultores familiares ocupam 23% do total da área de estabelecimentos rurais. Fernando Schwanke enfatizou que entre as políticas públicas de apoio aos agricultores familiares estão o crédito rural, assistência técnica e extensão rural e comercialização e cooperativismo. No Brasil são 1.613 cooperativas com um milhão de cooperados e mais de 209 mil empregados. A região Sul se destaca no número de cooperativas. No final durante um bate papo com os participantes do encontro virtual da Federacite, o secretário anunciou que serão lançados dois programas, um chamado de Agro Residência que prevê fortalecimento a assistência técnica e ainda um também de assistência técnica de forma digital.
Texto: Aldoir Santos – Jornalista – aldoirscanto@gmail.com